...expressão local da filosofia Slow Food

domingo, 3 de outubro de 2010

Uma longa viagem destino Pirenopolis (Goias)

Após uma noite em ônibus com baldeação em Brasilia, cheguei em Pirenópolis, no coração do Cerrado.
É quinta feira, dia 16 de setembro, um vento quente, muito quente me acolheu. Não estou só, mas em companhia da minha grande amiga, o meu farol dentro do Slow Food Brasil, a Roberta, do Convivium Cerrado - www.slowfoodcerrado.org , que me conta as novidades do seu inspirador convivium.


O nosso "Cicerone", a Katia do Convivium Pirenópolis veio nos buscar.
O Slow Filme Festival foi somente um dos motivos que me levou até aqui, a mais de mil quilometros da minha Batatais, pois sempre quis conhecer Pirenópolis, seu maravilhoso centro historico, suas cachoeiras, e sobretudo participar ao fascinante programa Slow Food organizado pelo Convivium Pirenópolis.


Iniciamos nosso roteiro na sexta-feira visitando o laticínio da Katia e Leo do leite, onde degustamos iogurte e leite orgânico. Almoçamos na Associação de Desenvolvimento Comunitário do Caxambu onde experimentamos os deliciosos produtos agroecologicos da comunidade como umbigo de bananeira, licor de baru, geleias de hibiscus, cagaita, caju do Cerrado. Pura delicia!!!(Fortaleza da Castanha do Baru - www.slowfoodbrasil.com/content/view/106/70

No sábado conhecemos a horta do Seu Geraldo e seu maravilhoso projeto PAIS (Projeto Agroecologico Integrado Sustentável). Matamos a sede com suculentos sucos... frutas maravilhosas: caja, caju, jambo, manga, carembola, goiaba.


Seguimos para o Sítio Galeria, um lugar deslumbrante, onde a Murielle Durgaud e o Eduardo Lopes, chefs da Rede Terra Madre, nos receberam com um almoço 100% Cerrado!



Iniciamos nosso domingo com o delicioso café da manha da Fazenda Babilonia, que resgata receitas antigas do Goias rural. Aqui, conhecemos Dona Thelma, um poço de sabedoria gastronômica goiana - http://www.fazendababilonia.tur.br/
Encerramos nosso roteiro com um "sagrado" banho de cachoeira.

Ah! Estava quase esquecendo o motivo principal da minha aventura. Tivemos a oportunidade de fazer duas oficinas sensoriais nas escolas de Ensino Fundamental da rede publica de Pirenópolis.

Foi uma experiência única, que envolveu tres convivia (Campo Lindo Batatais, Cerrado Brasilia, Pirenopolis), nas atividades com 150 crianças. Brincamos com os potes misteriosos para desenvolver o sentido do olfato e conhecemos os cinco sabores principais, entre caretas e surpresas, atraves dos líquidos "secretos".


Preparamos sucos de couve e beterraba, despertando a curiosidade das crianças com novo gostos. Refletimos sobre consumo critico e sobre a diferença dos quilômetros percorridos pelo lanche industrial e pelos alimentos naturais e locais.


Conversamos com as coordenadoras e as merendeiras, para conhecer a organização da alimentação escolar. Foi uma troca de conhecimentos muito proveitosa.

Essa experiência, mais uma vez, nos mostrou a importancia da Educação Alimentar e do papel fundamental que o movimento Slow Food Brasil pode e deve desenvolver em relação as questões da alimentação escolar nas nossas comunidades, para que a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional saia do papel e se torne realidade.

A viagem de retorno em Batatais foi longa, mas as experiências vivenciadas me enriqueceram e me deram energia para continuar a trilhar meu caminho verdadeiramente "slow".

5 comentários:

  1. Nossa, adorei!!! Além de ficar com água na boca com tantas delícias, também estou curiosa para saber como foram feitas as oficinas sensoriais e os tais "líquidos secretos". rsrs
    PARABÉNS pelo trabalho!!!

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  2. Nossa, como queríamos ter integrado as experiências desse fim de semana de reflexão, degustação e diversão. Mas não faltarão oportunidades! O cerrado está de porta abertas para vocês e nossa casa também!
    Beijos
    Fernanda e Thiago

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  3. Fulvio, que programa fantástico! E pensar que ainda teve o cinema! Queria ter ido.
    Um grande abraço, N

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  4. Foi muito bom participar deste momento e encontrar tanta gente querida. O ponto alto do Festival foi, para mim, sem dúvida nenhuma, as oficinas do gosto para as crianças. Que bom que eu tive o privilégio de fazer parte disso e aprender tanto. Já estou com planos de copiar ;-)

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  5. oi Fulvio, parabéns, belo trabalho!
    beijão!

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