...expressão local da filosofia Slow Food

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Parceria entre os Convivia Batatais, Rio e Petrópolis

A educação alimentar é um dos objetivos do nosso convivium que busca trabalhar em rede na convicção que somente através de parcerias (escola, alunos, família, comunidade) um projeto educativo torna-se eficaz.

Acreditamos na importância de parcerias entre os convivia para a troca de ideias e a promoção de trabalhos que pretendem valorizar o alimento como algo que vai além dos valores nutricionais resgatando as tradições, o convívio e o prazer.

Assim, aproveitamos nossa viagem ao Rio para nos reunir com Margarida e Bibi do Convivium Rio de Janeiro e Denise do Convivium Petrópolis para elaborarmos a dinâmica do encontro realizado na segunda-feira, 23 de julho de 2012.

A ideia foi de Bibi Cintrão, nossa “cicerone” e anfitriã, que articulou a proposta sobre um encontro de educação alimentar para conhecer melhor o trabalho que desenvolvemos em nossa região.

Recebemos um público bastante heterogêneo: psicólogos, educadores, biólogos, sociólogos, historiadores, chefs e curiosos que enriqueceram o debate com ideias e propostas confirmando a importância da interdisciplinaridade no contexto da educação alimentar.

Os participantes treinaram suas habilidades sensoriais na oficina do gosto, durante a qual puderam conhecer e degustar um pouco da biodiversidade alimentar brasileira.

Esperamos que a parceria entre o nosso convivium e os convivia do Rio de Janeiro e de Petrópolis seja a primeira de muitas outras!





domingo, 1 de julho de 2012

Convívio e resgate das tradições no almoço da vovó

Mamma mia!

Que almoço! quanta gente!...não imaginávamos tantas adesões. O convivium cresce e cada vez mais podemos compartilhar nossos almoços bons, limpos e justos.

O dia estava quente e ensolarado e a estação aconchegante como sempre. Éramos em 35 adultos, 7 crianças, muitas receitas, muita alegria: “esta receita é da minha avó” falava a Isabel.. “esta outra foi a minha tia que fez, mas é uma receita da avó dela”, explicava a Pollyana.

Vamos lembrar as receitas...
macarrão ao molho de tomate fresco, quiche de frango caipira, linguiça artesanal, salada de chuchu, salada colorida da horta do Toninho Bendasoli, salada de soja orgânica do sítio da Lu, parmigiana de abobrinha caipira, tutu de feijão orgânico, polenta com carne moida e sem carne (para os nossos vegetarianos Evi, Nathalia e Didier), arroz à espanhola temperado com açafrão, arroz com lentilhas e cebolas, quiche de quiabo, acarajé e maalumba, almeirão alhado. Sucos de limão, hortelã e gengibre; cassarola italiana, doce de mamão, doce de leite, doce de laranja em calda como sobremesa.

A quiche de quiabo resgatou as tradições da familia de Pollyana: a quiche tem origem lá na região da Lorraine, atualmente em território francês, mas antigamente pertencia a Alemanha, terra natal da avó materna. A palavra quiche vem do alemão Kuchen que significa “torta”. O quiabo, de origem africana, está totalmente assimilado à culinaria mineira, o ramo paterno da família de Pollyana.

A Isabel resgatou  sua origem afro-brasileira com a sua especialidade: o acarajé com vatapa e vinagrete. E  surpreendeu a todos com um delicioso malumba de fubá, frango caipira e banana verde preparado na hora. Ela aprendeu a  receita com sua avó Dorotéia, parteira, filha de escravos angolanos. A Isabel lembra que ela fazia o malumba nos dias de festa, quando tinha muita gente da familia toda reunida, na beira do rio. Eram 24 filhos, mais os netos. “Quando minha avó falava todo mundo ficava em silêncio para escutá-la...ela é quem mandava em casa”, recorda Isabel.

A receita do Malumba (para 10 pessoas)
Ingredientes:
2 kg de farinha de fubá, 1 frango caipira, 5 bananas verde granadas, sal, água.
Preparo:
torrar o fubá
acrescentar o frango em pedaços e as bananas verde em lascas
acrescentar a água quanto for preciso
salgar à gosto
Servir acompanhado com arroz

Bom apetite!!!


cores, sabores e aromas



Isabel prepara o malumba


apresentação das receitas




todos reunidos na plataforma da antiga estação