...expressão local da filosofia Slow Food

sábado, 12 de janeiro de 2013

Jaca Verde na Fazenda Santo Antonio da Água Limpa

Que experiência transformadora!


Sábado de manhã bem cedinho acordamos com o barulho da chuva e um ar fresco que parecia primavera. Nosso encontro estava marcado para às 6h na antiga Estação Mogiana. E lá, pontual, estava o nosso grupo de amigos pronto para embarcar no "trem" rumo a Mococa, onde nos esperavam o João e a Renata da Fazenda Santo Antônio da Agua Limpa  para nos mostrarem o "livro mágico".

Estamos falando do livro da Natureza, um livro que é diferente em cada lugar do planeta, bioma e território em que nos encontramos. Esse livro deve ser folheado com muito cuidado, muita atenção e capacidade de observação, pois cada página nos conta os segredos da natureza e dos seres que nela vivem. Um livro que é muito saboroso de ler e que nos envolve plenamente a cada dia que passa.
Com essas palavras o João nos acolheu na casa grande do hotel fazenda antes de conhecermos a propriedade da família Pereira Lima, produtores de café desde 1822.



Renata serviu um delicioso e perfumado bolo de fubá com o famoso cafézinho da fazenda. Um café pouco tostado, moido mais grosso e de manejo agroflorestal que João exporta para o Japão. 

No lugar do cafezal convencional que dominou a propriedade até a década de 1990, encontra-se uma floresta secundária com grande diversidade de fauna e flora que criam um ambiente propício para o desenvolvimento de plantas de café sombreado, árvores frutíferas e para o habitat de animais silvestres que convivem em harmonia com criação de bovinos, equinos, suinos e ovinos.
Durante todo o passeio estivemos em companhia desses animais que vivem livres e que também são os principais parceiros de João no trabalho de reflorestamento. São eles os protagonistas naturais do plantio de sementes de árvores por toda a propriedade. Nem podíamos chegar perto das goiabeiras que logo a dona porca com seus filhotes se aproximava pedindo uma deliciosa degustação!









De volta à casa grande, Renata nos esperava com um aperitivo delicioso: pão torrado com conserva de jaca verde, uma verdadeira iguaria da família, sucos de acerola e goiaba.



Uma mesa colorida nos aguardava para o almoço feito com produtos fresquinhos da horta e da agrofloresta: arroz, feijão, abóbora, costelinha de porco, chutney de manga, ensopado de picanha, refogado de ortiga e uma salada de plantas espontâneas que a nossa amiga Neide Rigo Come-se teria adorado: ora-pro-nobis, beldroega, serralha, ortiga, fazendeiro, pau d'alho, flor de hibiscus.
E para completar a cheirosa refeição...os doces!! goiabada com queijo fresco, manjar de jabuticaba e brigadeiro com flor de lavanda.







Após um breve descanso, fizemos mais uma caminhada pela fazenda e tivemos uma oficina de preparo da jaca verde com o João que nos mostrou todas as etapas: 
Cozinhamos as jacas inteiras e com a casca em um grande tacho de cobre. Colocamos grandes pedras que ajudam a irradiar calor por duas ou três horas, dependendo do tamanho da jaca. Retiramos as jacas da água deixando-as descansar por mais algumas horas. Em seguida, partimos as jacas, retiramos a polpa e aproveitamos tudinho, com exceção da casca: a parte externa tem uma textura semelhante à alcachofra, a do meio lembra palmito e o miolo tem consistência de mandioca cozida. O sabor e a textura  das sementes remetem ao pinhão cozido.
É preciso colocar a polpa no azeite ou no óleo por 30/40 dias para perder os gases e, por último, conservar tudo em potes de vidro para o preparo de receitas criativas.












Infelizmente era hora de partir, mas voltamos felizes com novos conhecimentos, amigos e deliciosos produtos da fazenda: jaca verde em conserva, geleias de jabuticaba e de goiaba, café agroflorestal certificado IBD e chutney de manga.


por Fulvio Iermano

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Os sentidos e as frutas brasileiras




O Convivium Campo Lindo participou do Projeto Férias no Museu do Museu Histórico e Pedagógico Dr. Washington Luis de Batatais com a oficina Brincando com os sentidos que proporcionou experiências bem divertidas.

As crianças conversaram sobre os cinco sentidos e degustaram pedacinhos de chocolate com o nariz fechado e aberto para perceberem a importância do olfato na percepção dos sabores.

 Descobriram quais frutas brasileiras apareciam nos slides.

 Divididas em três grupos (Maracujá, Goiaba e Acerola), se dirigiram até a sala das brincadeiras dos sentidos: paladar, olfato e tato.


Com curiosidade, surpresa, cooperação e algumas caretas, elas se divertiram ao cheirar hortelã e licuri, tocar farinha de fubá, e degustar água com sal.
Os mais velhos ajudaram os pequenos a registrarem as experiências.

E para finalizar, cada criança preparou seu lanchinho com alface, tomate e cenoura da Horta do Nonno Bendasoli e queijinho fresco da fazenda.






               educadores
          Fulvio, Adílson, Isabel,
               Alessandra, Evi,
             Nicholas e Fabíola